Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, fez história ao ser a brasileira mais jovem a conquistar uma medalha olímpica. Agora, no Brasil, tem uma outra disputa pela frente, mas no campo das marcas. Os representantes legais da atleta tentam anular no Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) o registro do pseudônimo dela feito por uma empresa de odontologia.
Casos como o da Rayssa não são incomuns. Só em 2020, o INPI registrou quase 7 mil pedidos de nulidade de registros de marcas.
A esfera administrativa é o primeiro caminho de artistas ou esportistas, como Rayssa, para tentar anular registros de nomes pelos quais são conhecidos. A Fadinha do Skate entrou com três pedidos contra a empresa do ramo odontológico.
Paralelamente a esses processos administrativos, a medalhista recebeu a notícia de mais um pedido de registro da marca no INPI dias após a vitória. Dessa vez, a solicitação foi feita por uma advogada, para materiais esportivos.
O jornalista esportivo Lucas Strabko (Cartolouco), assim como a atriz Suzana Alves também tiveram que recorrer ao INPI para não perderem seus pseudônimos.
A especialista Kone Cesário alerta sobre a importância de se proteger tanto as marcas quanto os pseudônimos. “Hoje há uma gama grande de marcas e, com a internet, os apelidos de famosos também têm que ser registrados”, afirma a professora.